– O Cânon da escritura
2.1 - Introdução
A Bíblia é um livro inspirado, porque
tem Deus como autor e foi escrito sobre a moção do Espírito Santo. A
canonicidade da Escritura não é uma nova revelação feita por Deus a Igreja
apostólica.
2.2 –
Terminologia
Trata-se de definir com precisão os
seguintes termos: canônico, cânon, canonicidade.
2.2.1 - Cânon:
significa
o critério de verdade e uma preposição, ou em geral, a medida, norma ou regra
de algo.
2.2.2 - Canônico: equivale ao conjunto de livros que normatiza a fé da
Igreja.
2.2.3 - Canonicidade: equivale aquela qualidade da Escritura Sagrada, que estar
constituída por Deus e reconhecida pela Igreja como: norma, regra de fé e da
vida cristã.
2.2.4 - Livros protocanônicos: são aqueles que
foram aceitos como canônicos desde sempre sem discusão pela Igreja.
2.2.5 - Livros deuterocanônicos: são aqueles que tiveram sua canonicidade discutida pela
Igreja.
2.3 – Necessidade
de reconhecimento canônico.
Para os cristãos a necessidade se dava
pelo fato da universalidade da única Igreja, para manter numa mesma regra de fé
na Igreja espalhada por toda terra.
2.4 – Os critérios
de canonicidade
O mesmo Espírito que inspirou as
Escrituras assistiu a Igreja para reconhece-los como inspirados.
2.4.1 - Antigo Testamento:
Primeiro critério → a Bíblia dos setenta, o uso oficial e
público da Bíblia grega por parte do cristianismo nas comunidades de culto
helenístico tanto no Ocidente como no Oriente, conferiu a esta o discernimento
do cânon verotestamentário.
Segundo critério
→ O uso no culto: a
Igreja primitiva de cultura helenista utilizou a Bíblia judaica, no próprio
culto dominical.
Terceiro critério
→ O uso dos escritos
no Antigo Testamento: alguns livros do Antigo Testamento foram citrados no
Antigo Testamento, sobretudo por Jesus.
2.4.1 - Novo Testamento:
Primeiro critério
→ Origem apostólica:
no inicio da vida eclesial não existiam as escrituras cristãs. Assim sendo, os
apóstolos, considerados depositários da revelação histórica de Jesus, como
também o canom vivo e interpretes da mensagem salvifica. Para que um escrito
seja autentico tinha que ser origem apologética.
Segundo critério
→ Uso litúrgico =
sendo Jesus o cânon fundamental e vivo por autonomia do Novo Testamento, os
primeiros livros a serem usados oficialmente na liturgia foram os Evangelhos.
Terceiro critério
→ A ortodoxia da
Escritura = nenhum livro poderia ser considerado autêntico pela Igreja se
viesse a conter alguma interpretação contraria à ortodoxia que se havia fundado
pela tradição viva dos apóstolos.
Quarto critério → Listas antigas do cânon = na aplicação deste critério tem
mais peso as listas mais antigas. Como: o cânon breve de Macion, Lucas, as dez
cartas de Pedro, o código muratoriano, lista de Ireno, e Tertuliano com 22
livros.
2.5 – Formação do cânon da bíblia
O antigo Testamento foi formado ao
longo de muitos séculos. E o Novo Testamento em apenas 70 anos. O caráter
canônico dos livros escritos foi se fixando aos poucos na vida do judaísmo e da
Igreja.
2.5.1 - Formação do cânon no
judaísmo: A Torá, o
Pentateuco, é o primeiro conjunto de livros que foram aceitos como canônicos.
2.5.2 - Formação do Antigo
Testamento Cristão:
Posto
que tal cânon já escrito. A Igreja vil a necessidade de fixar seu próprio
cânon; observando seu longo processo de formação.
Os padres da Igreja: os padres
apologéticos citam segundo a visão grega dos setenta com familiaridade, os
deuterocanônicos do Antigo Testamento e citam também alguns apócrifos.
O magistério da Igreja: o catecismo da
Igreja Católica no número 120 afirma que a lista dos livros reconhecidos como
santos compreende para o Antigo Testamento 46 livros e para o Novo 27.
2.6 - O dogma da
canonicidade
Se
alguns destes livros em sua integridade, com todas as suas partes, tal como se
tem lido tradicionalmente na Igreja católica e que estão contidos na antiga
edição Vulgata. Se desprezarem sabendo das pertinências tradicionais “sea
anátema”.
2.6.1 - O Como e o porquê dos
textos: Os padres
conciliares entre grandes disputas, chegaram a conclusão de que era necessário
definir como dogma o cânon da Escritura proposto pelo concilio de Florença com
o fim de afirmar a fé católica frente aos reformadores.
2.6.2 - Interpretação do
dogma: Trata-se de uma
verdadeira definição dogmática, pois anatematiza quem não aceita tais
parágrafos. No texto se define o caráter sagrado e canônico dos livros mais não
sua autenticidade e genuinidade.
2.6.3 - A expressão: “livros em sua integridade, com todas as suas partes” =
livros íntegros: quer dizer: todos e cada um dos livros são numerados, sem
concessão e sem adicionamento. Com todas as suas partes: faz alusão àqueles
Eu agradeço pois o seu fundamento me ajudou muito a percebere sanou em mim uma dúvida que vinha deste muito tempo.
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