JOÃO DAMASCENO (650)
Desde o início entra na vida
monástica.
Suas
obras: A
fonte do conhecimento; Hinos diversos; Pregações; Homilias Marianas. Monfort
vai propagar a sua teologia mariana. A questão iconoclasta é o centro do seu
pensamento. Temos três discussões sobre as imagens que é fundamentalmente
original.
Temos no início da controvérsia com o
imperador Leão III em 717 e 741 onde foi removida à porta de bronze do palácio
imperial; o patriarca de Constantinopla, Germano tinha sido deportado. No
discurso sobre as imagens ele diz que será necessário precisar a teologia do
ícone (imagem); a palavra poderia sugerir que uma obra representada contivesse
em si mesmo aquilo que ela representava.
A distinção era em precisar o conceito
de ícone e o conceito de adoração. Toda imagem é delimitar e o Deus vivo não
comporta uma delimitação; qualquer tentativa nesse sentido seria idolatria e
perca da verdadeira devoção do Deus vivo. Para ele será a imagem uma reprodução
de algo que é originário, um protótipo, e como uma reprodução será sempre uma
coisa semelhante. Começa ele a falar de vários tipos de imagens:
1) Imagem do próprio Filho de Deus (imagem visível do Deus invisível).
Na teologia Alexandrina a imagem é fundamental, sobretudo para Orígenes; a
visibilidade do Deus invisível se faz no Filho; o homem é imagem da imagem; o
Filho reflete o original por excelência. Em Cristo o homem é recapitulado e
assume a sua verdadeira imagem.
2) Imagem como tipo: modelos históricos prefigurativos largamente
difundidos na Escritura. Nos tipos já se encontra o anúncio da salvação,
daquilo que há de vir; no tipo que caracteriza o tipo temos a graça presente
salvífica.
3) Imagem como representação: tem uma função, deve esclarecer, traz à
memória aquilo que ao mesmo tempo é semelhante, mas diverso; deve simular o
progresso espiritual, função propedêutica, trazer traços da semelhança na
diversidade. Busca no próprio Cristo o conceito de imagem na idéia da
encarnação. O fundamento do porque as imagens não devem ser desprezadas é que
Deus em si não pode ser representado, mas ele mesmo desejou-se fazer-se imagem,
um ser com delimitação própria, encarnando-se; é na condição de homem que ele é
representado. João Damasceno faz uma distinção entre veneração e adoração:
veneração para as criaturas e adoração para Deus.
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