A
presença da igreja na bíblia
3.1 – Introdução
A Bíblia pertence à Igreja e nela está
definida toda a sua vida.
3.2 – As traduções da
bíblia Métodos de interpretação da bíblia
2.1 – Introdução
A exegese católica por si não exclui
nenhum método, mas o método que se adaptar deverá de contentar-se com suas
fases positivas.
2.2 – Método
exegético diacrônicos: o método histórico-crítico
Chama-se método histórico por dois
motivos: primeiro porque se aplica a textos que pertencem a antiguidade com o
fim de reconstruí-los com a maior fidelidade. Segundo porque, pretendem
conhecer o melhor possível os processos históricos que estão na base do texto
canônico da Bíblia.
2.2.1 - Crítica textual: a crítica textual é a ciência que trata de reconstruir
fielmente a partir dos manuscritos disponíveis o texto original de toda Sagrada
Escritura e trazer a história da transmissão e desenvolvimento do texto do qual
se conserva em diversas formas.
2.2.2 - Análise lingüística
(morfologia e sintaxe) e semântica:
nesta
parte se estuda toda a unidade do texto, com suas características gramaticais e
sus evolução semântica. Observando as características gramaticais,
possibilitando assim uma maior compreensão do sentido do texto.
2.2.3 - Crítica literária: nesta parte o que mais importa é o desenvolvimento do
método histórico crítico.
a) Análise das unidades literárias: a crítica literária se esforça por individuar o início e o
fim das unidades textuais, grandes ou pequenas, e de verificar a coerência
interna dos textos.
b)Fontes literárias: a crítica literária analisa os textos bíblicos para
detectar e reconstruir eventuais fontes na formação das Sagradas Escrituras,
acentuando o contexto teológico no ambiente vital destas fontes.
c) Gêneros literários: a crítica literária compreende a analise dos gêneros e
formas literárias de cada texto.
c1 ) No Antigo Testamento:
-
Gênero
histórico: é de caráter narrativo.
-
Gênero
jurídico:
conjunto de matéria de ordem moral.
-
Gênero
profético: narração profética.
-
Gênero
sapiencial: textos poéticos acerca da existencialidade humana.
-
Gênero
didático:
criações literárias como fim de educar.
-
Gênero
apocalíptico: escritos que através de símbolos e imagens mostram catástrofes.
c2 ) No Novo Testamento: entre os escritos do NT se dão os seguintes gêneros
literários:
-
Evangelho: é uma proclamação
baseada na tradição apostólica.
-
Atos
dos Apóstolos: apresenta os principais fatos deste gênero.
-
Cartas: em geral as cartas
seguem a forma helenística do gênero.
-
Apocalipse: apresenta a
evolução do gênero profético.
d) Formas literárias na Bíblia: A Bíblia possui diversas formas literárias.
d1 ) Antigo Testamento:
-
Forma
de caráter narrativo: na primeira forma narrativa está constituída pelas tradições
que só se refere aos fatos antiguíssimos do passado, isso de forma escrita.
Pertencem também a este gênero as fábulas.
-
Forma
de caráter jurídico: os livros do Pentateuco têm sido transmitidos como a Torá,
como lei.
-
Forma
de caráter profético: a forma profética mais própria é o oráculo.
-
Forma
de caráter sapiencial: é a forma mais própria para expressar a sabedoria das
sentenças.
-
Forma
de caráter poético: esta é a forma peculiar que foram escritos os salmos e os
livros históricos poéticos.
d2 ) Novo Testamento:
-
Formas
de tradição doutrinais: duas formas sapienciais são as parábolas e alegorias. A
parábola é uma narração desenvolvida a partir de comparação. A alegoria é uma
narração desenvolvida a partir de uma metáfora.
-
Formas
de tradição narrativa: história dos relatos sobre os milagres de Jesus, e também o
poder de sua divindade.
-
Forma
de tradição mística: chama-se tradição mística porque combina a forma doutrinal
e narrativa.
-
Formas literárias do restante do Novo
Testamento:
#
Forma
de caráter confecional;
# Forma de caráter litúrgico;
# Forma de caráter Pentateuco: que se espessa a exegese
moral;
e) Crítica das tradições: é o estudo sobre os livros bíblicos sobre todo o Pentateuco
e sobre os Evangelhos sinóticos, permite afirmar que antes da fixação escrita
alguns textos existiam de forma oral.
f) Crítica da redação: é a análise dos escritos bíblicos segundo a crítica ou
história da redação que se propõe em reconstruir o processo da redação final e
o papel desempenhado no último autor.
2.2.4 - Crítica histórica: a crítica histórica se requer unicamente para os textos que
pertencem ao gênero literário histórico: (os livros históricos do AT.
Evangelho. Atos dos Apóstolos) e os que estão relacionados com eventos
históricos. A tarefa do historiador será investigar o Jesus da história em sua
integridade humana e divina, que é o verdadeiro Jesus histórico.
2.3 – Método
exegético sincrônico
O método sincrônico aplica-se
fundamentalmente aos discursos em que se encontram da Bíblia. A razão é clara,
posto que a retórica por uma parte quer compreender os discursos persuasivos, e
por outra se pode dizer que todo texto bíblico de certa forma é persuasivo.
2.3.1 - Análise retórica: apresenta-se três tipos de análise retórica: clássica,
semítica e nova retórica.
a) Retórica clássica:
esse
estilo é próprio de Aristóteles, onde se demonstra: exortação, narração,
proposição, demonstração, refutação, interrogação e persuasão.
b) Retórica
bíblica: radicado na cultura
semítica, a retórico bíblico manifesta um gesto refinado pela simetria, que se
evidencia sob todo um paralelismo.
c) A nova
retórica: A nova retórica
deixa muito claro que em toda comunicação se dão três funções fundamentais: a
do autor, a do texto e a do leitor.
2.3.2 - Análise narrativa: a analise narrativa estuda principalmente os textos
narrativos da Biblia, como o livro de êxodo e o Evangelho de Marcos.
a) Método narrativo clássico: esta averigua com maior cientificidade o contexto dos
relatos.
b) Narratologia
atual: os elementos
básicos da narratologia atual coincidem com os da narração clássica, fixando-se
particularmente na trama
A Igreja desde o princípio fez sua a
tradição do Antigo Testamento chamada dos setentas, e sempre honrou as demais
tradições orientais e latinas e entre estas a Vulgata.
3.2.1 - Dificuldade de
caráter da tradição:
Há uma
grande dificuldade de traduzir de uma língua a outra, porque implica em
definitiva tradução de uma cultura a outra, de uma conformação mental a outra.
3.2.1 - As traduções feitas
do texto impresso:
As
edições mais famosas são as de Teodósio no início do Século II. As versões da
Bíblia ao latim foram muitas, destacando-se a versão latina: Vulgata de São
Gerônimo.
3.2.1 - As tradições modernas: Nos séculos XIX e XX se multiplicaram as traduções em
línguas modernas, aqui em destaque: a Bíblia de Jerusalém.
3.3 – A atualização
bíblica
Atualizar a escritura é faze-la
presente e viva e eficaz na vida diante dos homens e situações simples da
sociedade humana.
3.3.1 - Requisito para a
atualização:
segundo
a Dei Verbum, o primeiro requisito para a atualização é a oração, o diálogo
pelo qual o homem escuta o Deus salvador. Outro requisito é o estudo a luz do
Espírito. Por ultimo cabe mencionar dever-se conhecer os destinatários de tal
atualização.
3.3.2 - Princípios, métodos e
limites da atualização:
O
desenvolvimento da hermenêutica filosófica em nosso tempo nos faz tomar maior
consciência e necessidade de atualização.
a) Os princípios de atualização: são cinco os princípios de atualização que o documento põe
para se atualizar a Bíblia em nosso tempo:
Z Atualização da
Bíblia é possível: tal possibilidade se funda porque a Bíblia tem valor perene.
Z Atualização é
necessária: A necessidade deriva do seu caráter histórico.
Z A atualização da
Bíblia tem que ser posta ao respeito da unidade e dinâmica dos dois
Testamentos.
Z A atualização da
Bíblia deve ser coerente com a tradição viva da comunidade de fé.
Z A atualização da
Bíblia tem que ser fiel.
b) Método de atualização: Os métodos ou procedimentos de atualização não podem deixar
de levar em conta o ponto de partida: os métodos científicos de interpretação
anteriormente expostos.
X Uso das técnicas
judaicas: trata-se de uma interpretação presente já na Bíblia do
Antigo e Novo Testamento.
X Métodos usados pela
exegese patrística: Os Padres em sua atualização recorreram aos modos comuns do
seu tempo.
X Procedimentos para
a atualização hoje:
1° base da atualização: conhecimento do sentido literal do
texto.
2° o meio preferencial da atualização, e mais fecundo, é
interpretar a Escritura mediante ela mesma.
c) Os limites da atualização:
X Cuidados com os
desvios que se tem que tomar: Se evite a qualquer preço as leituras tendenciosas, que
prescindam da fidelidade do texto sagrado, e que utilizam o texto sagrado para
seu próprio fim.
X Remédios contra a
atualização errada: Ter em conta a atualização e interpretação correta do texto
bíblico. Realizar a atualização dentro da visão do Magistério da Igreja.
3.3.3 - Formas de atualização
bíblica:
a) Atualização teológica: A atualização mais
original com sua natureza é levada a cabo pela teologia dogmática e moral.
a1 )Atualização da teologia
dogmática: Dar fundamento a teologia: se a teologia é ciência de Deus, não pode
esta ter outro fundamento que a Palavra de Deus contida previlegiamente na
Bíblia.
a2 )Atualização da teologia
moral: A Bíblia reflete uma evolução moral considerável ao longo do tempo e
isto desde o Antigo ao Novo Testamento
b) Atualização litúrgica: A liturgia cristã é
a atualização da história da salvação por meio dos ritos e da palavra. E sta
atualização se dá mediante:
Ø O contexto em que a
palavra de Deus se situa.
Ø A celebração
litúrgica.
Ø Mediante a Homilia.
c) Atualização
ecumênica: O ponto de partida para uma atualização ecumênica é o
compromisso da Igreja católica e das demais Igrejas cristãs por um diálogo
sincero e eficaz de critério teológico.
d) Atualização pastoral: A atualização
pastoral engloba toda forma pela qual o pastor media com autoridade a Palavra
de Deus. Por sua mesma natureza essa mediação se exerce em disparidade de
lugares, formas e finalidade. Elementos integrantes da atualização bíblica:
Ø Na Bíblia está
presente o bem comum.
Ø O pastor deve ser
exemplo na comunidade.
Ø O destinatário da
palavra é o homem concreto.
e) Atualização Espiritual: Atualização espiritual quer dizer atualização da Bíblia que
é feita por um cristão, buscando do texto sacro o alimento para o espírito; luz
para inteligência e força para a vontade.
f) A “lectio Divina”: é uma leitura
individual ou comunitária, de um texto da Escritura como palavra de Deus; com o
fim de desentranhar suja mensagem salvífica. Contado de cinco momento: Leitura,
Meditação, Oração, Contemplação e Operação.
3.4 - Inculturação
bíblica
Pode-se dizer que assim a atualização
tem a haver com a presença da Bíblia no tempo para chamar a cada geração a
salvação em Jesus Cristo ,
a inculturação se refere a presença da Bíblia na espaço, de forma que a
salvação chegue a todos os povos da terra.
3.4.1 - Definição de inculturação: É o processo de enrraizamento da mensagem bíblica nos
terrenos mais diversos do humano existir, que se leva a cabo primeiro os
valores universais que uma determinada cultura conserva e expressa em todos os
âmbitos da vida.
3.4.2 - Fundamento teológico: O fundamento é a
convicção de fé que pela palavra de Deus transcende as culturas que tem a
capacidade de perpassar culturas.
3.4.3 - Etapas da inculturação:
ü A primeira etapa é
a inculturação bíblica em sua tradução a outra língua.
ü A segunda consiste
na interpretação que põe em relação a mensagem bíblica de maneira mais
explicita com os modos de sentir, viver, Expressar-se próprio da cultura local.
ü A última etapa é o
ensinamento do documento: é a formação de uma cultura local cristã. E há de ser
continuamente refeita conforme a evolução contínua da Escritura.
muito bom
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