A MULHER NA
PLENITUDE DOS TEMPOS
Cf. Gl 4,5. “Nascido de uma
mulher” põe em relevo o abaixamento, a knosis do filho de Deus que em tudo faz
semelhante a nós.
I-A mulher da carta aos Gálatas
Paulo aborda o tema da liberdade
cristã a respeito a qualquer tipo de opressão e de escravidão.
1- A
experiência de Paulo
Ele se define paradoxalmente como
“servo de Jesus Cristo”. E apostolo para anunciar o evangelho de Cristo e
proclamar que se entregou para livrar-nos deste mundo perverso.
2-Da maldição à benção
Ser um homem, uma mulher
agraciada com o espírito da liberdade. O que faz livre é a fé em Deus. A lei não trás
benção e sim maldição. O justo vive pela fé. Jesus é o herdeiro não para
cumprir a lei e sim para acolher a promessa feita a Abraão.
3-Deus enviou seu filho, nascido de mulher
A benção de Abraão, a de Maria, a
benção a causa da fé e não das obras. Porem, a cruz de Jesus é a nossa gloria,
nossa liberdade. Disse João que sua mãe aproximou da cruz. Ela compartilhou a
maldição que gera benção.
a)- O texto de Gl 4,1-7
-Cf. o guiasmo da Pág.406.
No centro da frase fala sobre o
envio do filho na plenitude dos tempos.
b)- As duas formas de escravidão
e de liberdade
Paulo
apresenta a escravidão sob duas perspectivas: sob os elementos do mundo e sob o
da lei.
Os
que vivem as obras da lei incorrem em maldição. A lei não é libertadora. Quem submete a
lei e aos elementos do mundo é filho da escrava, de Agar.
c)- O filho de Deus, filho da
mulher livre
O
filho de Deus é por excelência Jesus. É filho da mulher livre. “Nascido de
mulher”. A maternidade da mulher fica por isso, revestida de transcendência.
Jesus nasce de mulher. Não segundo a carne, mas segundo o espírito. Se converte
na bendita entre todos as mulheres. No principio nossa genealogia pneumática
está a mulher, da que nasceu Jesus Cristo.
d)-A mulher e o Espírito
Indicaria
com isso que o filho de Deus se submete assim a duas instâncias de knosis, de
humilhação. Quem faz nascer o filho de Deus na plenitude dos tempos não é um
varão. É o filho de Deus. E só nasce de mulher e por ser filho da promessa, do
espírito.
e)- Ela é nossa mãe, a Jerusalém
de cima
A
cidade de Deus, a nova Jerusalém, era simbolizada em um mulher vestida como uma
noiva que vai receber seu esposo. A descendência da mulher é perseguida pelo
dragão. Este queria reduzi-la de nova a escravidão. Porém a mulher consegue a
liberdade e com ela sua descendência.
II- “Ad maiorem Dei gloriam”: Conclusões.
1- Porém, Maria não é Deus, mas sim, uma personagem histórica.
Nossa irmã. Porém, se a mariologia não dispusesse de um fundamento histórico,
poderia converter-se em mariolatria, ou teologia mítica.
2- Falar de Maria como “rosto materno de Deus” ou “rosto feminino
de Deus” pode levar a converte-la em uma deusa.
3- Maria é em outras ocasiões, excessivamente identificada com a
trindade.
Deus do contrario é ato puro,
essencialmente ativo. Em Maria emergia um novo principio da redenção, de
satisfação que não era plenamente identificável com o principio cristológico. O
avanço da cristologia e da pneumatologia serviu para situar a mariologia em seu
autentico âmbito teológico.
4- Maria nos projeta fora dela mesma, à transcendência de Deus, ao
mistério insondável. A autentica mariologia é aquela que tem como finalidade
“ad maiorem Dei gloriam”.
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