RESUMO
DO LIVRO “A PALAVRA VIVA”
Introdução a Sagrada Escritura
I Parte: A Palavra Revelada
UNIDADE
I – A Palavra de Deus
1.1
- Introdução
A palavra de Deus foi transmitida a
séculos atrás, dos pais aos filhos, de geração em geração, e está cristalizada
nos textos sagrados. A este texto chamamos Sagradas Escrituras.
1.2 - Deus se
revela pela palavra
Conceito de revelação: é a
amorosa comunicação que mediante a palavra (Cristo), Deus faz uma comunicação
de si mesmo e de seu mistério ao homem no seio de uma comunidade eclesial para
fazer-nos partícipes de sua salvação.
1.3 - Análise da
palavra humana
Se fá necessário uma experiência para se comunicar.
Quanto mais se tem experiência de vida mais se pode comunicar o que viveu. A
palavra nasce da experiência interior.
1.2.1
- Experiência da palavra: consciente ou inconscientemente a
palavra nasce da experiência, porque toda abstração conceitual parte
originalmente dos sentidos em contato com os dados matérias e com a natureza
espiritual por meio dos sentidos internos. A Bíblia é palavra escrita,
palavra do passado que se mantém viva e se vivifica constantemente pela
experiência pessoal do leitor no tempo presente.
1.2.2
- A sintonia da palavra:
segundo sua especificidade a palavra é orgânica, social e criadora, segundo seu
conteúdo, informativa, expressiva e apelativa.
a)
Segundo sua especificidade:
a palavra é orgânica. Não existe isoladamente. Tem vida quando comunica de
forma sistemática e organizada todo o sentido das palavras. A palavra é
criativa, história e social.
b)
Seguindo o conteúdo: ela exerce a função da linguagem: informativa, apelativa e
expressiva.
1.4 - Analogia da
Palavra
Deus fala ao homem nas escrituras por meio de linguagem
humana. O veículo da comunicação divina com o homem é, portanto especialmente a
palavra em linguagem humana.
1.5 – Os arautos da
palavra divina
Segundo a Dei Verbum: Deus fala nas escrituras por
meio de homens em linguagem humana. Somente a palavra humana pode dar corpo e
forma a palavra divina. A mediação é um requisito absolutamente necessário para
que a palavra de Deus chegue aos ouvidos humanos e o influencie em sua vida com
a eficácia da salvação.
UNIDADE
II – Transmissão e Tradição
2.1 - Introdução
A transmissão e tradição são uma necessidade do destino
universal da revelação, do diálogo interpessoal de Deus com homem.
2.2 – A tradição na
atualidade
A
tradição é uma condição de identidade de uma pessoa ou grupo humano. Por outro
lado o caráter histórico do homem exige a transmissão e revelação.
O que enriquece a vida diante da
tradição são os valores morais que perpassa de geração em geração. Contanto
se faz necessário conhecer a história para não se repetir os mesmo erros.
2.3 – Conceito de
transmissão e tradição
Transmissão: é o ato pelo qual o povo de Deus (Israel AT e a Igreja
NT), guiados por homens escolhidos comunica de forma oral principalmente, às
seguintes gerações a revelação divina até o momento em que dita revelação
cristaliza no texto sagrado e canônico.
Tradição:
é o resultado do ato
de transmitir o conjunto dos acontecimentos, costumes, comportamento e verdades
contidas na revelação divina e que tem sido plasmados definitivamente na
Sagrada Escritura.
2.4 – O fato da
transmissão
Em primeiro lugar a transmissão e tradição se dão no
Antigo Testamento. Pelos profetas; e encontra o seu ápice com a encarnação do
verbo divino “Jesus Cristo”.
2.4.1
- Constatação do fato:
o fato da transmissão
é um fenômeno inegável, pois é inerente a natureza histórica e social do homem.
A experiência universal dos homens; tudo o que há de valioso em dada cultura é
transmitido para as gerações seguintes.
2.4.2
- Razões para se transmitir:
existem três razões
para se transmitir, a saber: histórico social, antropológico e salvífica.
a. Razão
histórico social:
pelo fato da pessoa
humana ser um ser racional, o homem não só transmiti a vida como também os
produtos de sua inteligência, se se considera de valor no presente, permanece,
se transforma e se atualiza. Caso contrário se desaparece. E o que tem mais
valor para o homem que a palavra de Deus?
b.
Razão teológica: por meio da revelação Deus entra na história pessoal de
cada homem. Deus pede al homem que transmita aos homens, suas palavras, seus
gestos e suas obras em favor dos homens e em prol de sua salvação.
c.
Razão histórico-salvífica: tal razão encontra seu primeiro significado, com a benção,
a promessa e a aliança de Deus com o seu povo escolhido, e encontra o seu ápse
com a encarnação do verbo divino, que tanto transmite o amor do Pai, como tem
por fim a salvação da humanidade.
São quatro as funções conservadoras: constitutiva, escatológica,
coexistente renovadora.
2.5 – O processo da
Transmissão
O processo da transmissão tem se dado pelo
processo histórico. Dessa forma é que foi formado o Antigo e Novo Testamento.
2.5.1 - As etapas e formas da
transmissão:
em
linhas gerais se pode falar nas seguintes etapas: o Antigo Testamento: a etapa
da pré-história de Israel, a etapa dos patriarcas de Abraão até José, a etapa
historicamente fundante que compreende a libertação do Egito, a revelação
sinótica, a marcha para a terra prometida e a conquista da mesma, a instituição
da monarquia e a etapa final do judaísmo desde o retorno do exílio da
Babilônia.
No Novo Testamento: a
primeira etapa é a historia de Jesus, depois a predileção apostólica, e
finalmente a etapa da geração apostólica.
2.5.2 - Método da transmissão: entre os diversos métodos sobresae-se anamineses, que é a recordação e memória eficaz dos faros
e ensinamentos do passado. Tal memória se institucionaliza, encarna-se nas
celebrações e festas religiosas.
2.5.3 - Jesus Cristo
plenitude da transmissão e tradição:
Jesus
Cristo é o vértice irrefutável da transmissão e revelação tanto Judia como
eclesial. É o ponto de chegada da tradição hebraica, mosaica e, todavia é o ponto
de partida da tradição cristã.
2.6 – Funções da
transmissão-tradição
São quanto as funções: conservadora,
constitutiva, inovativa escatológica e função co-existente.
2.6.1 - Função conservadora: O farto de
transmitir só tem significado se se faz conservar o que se transmite. Em certa
maneira transmitir é conservar.
2.6.2 - Função constitutiva: esta função estabelece uma certa relação com o direito
“recorrendo ao passado que é valido para o presente” possuindo caráter
normativo e serve de medida básica da fé na comunidade judaica cristã.
2.6.3 - Função renovadora: esta função tem muito a ver com a força inativa do ser
humano. Essa função não é outra senão de manter viva e atuante as funções
conservadora e constitutiva. Está aqui retratado a capacidade humana de
vivificar o passado e contextualizá-lo no presente.
2.6.4 - Função escatológica: o que justifica
esta função é manter e reavivar a função dos crentes, recordando-os que não
temos aqui cidade permanente, mas que somos cidadão dos céus.
2.6.5 - Função coexistente: do conteúdo exposto até agora deduz que a tradição e
transmissão podem ser distinguidas apenas a fim de estudo. Portanto, não
poder-se-á perder de vista a coexistência e a inter-relação entre um e
outro. Além do mais ambas se encontram
hierarquizadas.
2.7 – O meio
ambiente da transmissão-tradição
Trata-se de valorizar os lugares e
ambientes que se realizou o fato da transmissão e revelação divina desde Israel
até a Igreja hodierna.
2.7.1 - Antigo Testamento: No AT esta realidade se deu em diversos lugares e de modos
diversos: os diversos santuários judaicos, a corte real, os períodos de crise,
as sinagogas, as escolas sinagogal e rabínica, a Torá e os profetas.
2.7.2 - Novo Testamento: Com relação ao NT, concernentes ao culto este tem sua forma
primária na Tradição e Transmissão cristã: predileção ao querigma, catequese
aos batizados, ambientes missionários, escolas apostólicas: joanina, paulina e
mateana.
2.8 – Linguagem e
materiais usados para transmissão
A revelação ou palavra de Deus aos
homens para ser inteligível tem necessariamente que encarnar-se em palavra
humanas e assim serem transmitida.
2.8.1 - Línguas da Bíblia: os livros canônicos da Bíblia foram escritos em: hebraico,
aramaico e grego.
2.8.2 - Material usado nas
escrituras: os primeiros escritos foram confeccionados em papiro,
depois em pergaminho.
Com o passar do tempo foi se desenvolvendo a técnica de
escrever livros com índices.
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