sábado, 13 de fevereiro de 2016

A PALAVRA REVELADA

RESUMO DO LIVRO “A PALAVRA VIVA”

Introdução a Sagrada Escritura


I Parte: A Palavra Revelada

UNIDADE I – A Palavra de Deus

1.1 - Introdução

            A palavra de Deus foi transmitida a séculos atrás, dos pais aos filhos, de geração em geração, e está cristalizada nos textos sagrados. A este texto chamamos Sagradas Escrituras.
1.2 - Deus se revela pela palavra
            Conceito de revelação: é a amorosa comunicação que mediante a palavra (Cristo), Deus faz uma comunicação de si mesmo e de seu mistério ao homem no seio de uma comunidade eclesial para fazer-nos partícipes de sua salvação.
1.3 - Análise da palavra humana
            Se fá necessário uma experiência para se comunicar. Quanto mais se tem experiência de vida mais se pode comunicar o que viveu. A palavra nasce da experiência interior.
1.2.1 - Experiência da palavra: consciente ou inconscientemente a palavra nasce da experiência, porque toda abstração conceitual parte originalmente dos sentidos em contato com os dados matérias e com a natureza espiritual por meio dos sentidos internos. A Bíblia é palavra escrita, palavra do passado que se mantém viva e se vivifica constantemente pela experiência pessoal do leitor no tempo presente.
1.2.2 - A sintonia da palavra: segundo sua especificidade a palavra é orgânica, social e criadora, segundo seu conteúdo, informativa, expressiva e apelativa.
a) Segundo sua especificidade: a palavra é orgânica. Não existe isoladamente. Tem vida quando comunica de forma sistemática e organizada todo o sentido das palavras. A palavra é criativa, história e social.
b) Seguindo o conteúdo: ela exerce a função da linguagem: informativa, apelativa e expressiva.
1.4 - Analogia da Palavra
            Deus fala ao homem nas escrituras por meio de linguagem humana. O veículo da comunicação divina com o homem é, portanto especialmente a palavra em linguagem humana.
1.5 – Os arautos da palavra divina
            Segundo a Dei Verbum: Deus fala nas escrituras por meio de homens em linguagem humana. Somente a palavra humana pode dar corpo e forma a palavra divina. A mediação é um requisito absolutamente necessário para que a palavra de Deus chegue aos ouvidos humanos e o influencie em sua vida com a eficácia da salvação.


UNIDADE II – Transmissão e Tradição

2.1 - Introdução

            A transmissão e tradição são uma necessidade do destino universal da revelação, do diálogo interpessoal de Deus com homem.
2.2 – A tradição na atualidade
A tradição é uma condição de identidade de uma pessoa ou grupo humano. Por outro lado o caráter histórico do homem exige a transmissão e revelação.
            O que enriquece a vida diante da tradição são os valores morais que perpassa de geração em geração. Contanto se faz necessário conhecer a história para não se repetir os mesmo erros.
2.3 – Conceito de transmissão e tradição
Transmissão: é o ato pelo qual o povo de Deus (Israel AT e a Igreja NT), guiados por homens escolhidos comunica de forma oral principalmente, às seguintes gerações a revelação divina até o momento em que dita revelação cristaliza no texto sagrado e canônico.
Tradição: é o resultado do ato de transmitir o conjunto dos acontecimentos, costumes, comportamento e verdades contidas na revelação divina e que tem sido plasmados definitivamente na Sagrada Escritura.
2.4 – O fato da transmissão
            Em primeiro lugar a transmissão e tradição se dão no Antigo Testamento. Pelos profetas; e encontra o seu ápice com a encarnação do verbo divino “Jesus Cristo”.
2.4.1 - Constatação do fato: o fato da transmissão é um fenômeno inegável, pois é inerente a natureza histórica e social do homem. A experiência universal dos homens; tudo o que há de valioso em dada cultura é transmitido para as gerações seguintes.
2.4.2 - Razões para se transmitir: existem três razões para se transmitir, a saber: histórico social, antropológico e salvífica.
a.  Razão histórico social: pelo fato da pessoa humana ser um ser racional, o homem não só transmiti a vida como também os produtos de sua inteligência, se se considera de valor no presente, permanece, se transforma e se atualiza. Caso contrário se desaparece. E o que tem mais valor para o homem que a palavra de Deus? 
b.  Razão teológica: por meio da revelação Deus entra na história pessoal de cada homem. Deus pede al homem que transmita aos homens, suas palavras, seus gestos e suas obras em favor dos homens e em prol de sua salvação.
c.   Razão histórico-salvífica: tal razão encontra seu primeiro significado, com a benção, a promessa e a aliança de Deus com o seu povo escolhido, e encontra o seu ápse com a encarnação do verbo divino, que tanto transmite o amor do Pai, como tem por fim a salvação da humanidade.
São quatro as funções conservadoras: constitutiva, escatológica, coexistente renovadora.
2.5 – O processo da Transmissão
             O processo da transmissão tem se dado pelo processo histórico. Dessa forma é que foi formado o Antigo e Novo Testamento.
2.5.1 - As etapas e formas da transmissão: em linhas gerais se pode falar nas seguintes etapas: o Antigo Testamento: a etapa da pré-história de Israel, a etapa dos patriarcas de Abraão até José, a etapa historicamente fundante que compreende a libertação do Egito, a revelação sinótica, a marcha para a terra prometida e a conquista da mesma, a instituição da monarquia e a etapa final do judaísmo desde o retorno do exílio da Babilônia.
            No Novo Testamento: a primeira etapa é a historia de Jesus, depois a predileção apostólica, e finalmente a etapa da geração apostólica.
2.5.2 - Método da transmissão: entre os diversos métodos sobresae-se anamineses,  que é a recordação e memória eficaz dos faros e ensinamentos do passado. Tal memória se institucionaliza, encarna-se nas celebrações e festas religiosas.
2.5.3 - Jesus Cristo plenitude da transmissão e tradição: Jesus Cristo é o vértice irrefutável da transmissão e revelação tanto Judia como eclesial. É o ponto de chegada da tradição hebraica, mosaica e, todavia é o ponto de partida da tradição cristã.
2.6 – Funções da transmissão-tradição
            São quanto as funções: conservadora, constitutiva, inovativa escatológica e função co-existente.
2.6.1 - Função conservadora: O farto de transmitir só tem significado se se faz conservar o que se transmite. Em certa maneira transmitir é conservar.
2.6.2 - Função constitutiva: esta função estabelece uma certa relação com o direito “recorrendo ao passado que é valido para o presente” possuindo caráter normativo e serve de medida básica da fé na comunidade judaica cristã.
2.6.3 - Função renovadora: esta função tem muito a ver com a força inativa do ser humano. Essa função não é outra senão de manter viva e atuante as funções conservadora e constitutiva. Está aqui retratado a capacidade humana de vivificar o passado e contextualizá-lo no presente.
2.6.4 - Função escatológica: o que justifica esta função é manter e reavivar a função dos crentes, recordando-os que não temos aqui cidade permanente, mas que somos cidadão dos céus.
2.6.5 - Função coexistente: do conteúdo exposto até agora deduz que a tradição e transmissão podem ser distinguidas apenas a fim de estudo. Portanto, não poder-se-á perder de vista a coexistência e a inter-relação entre um e outro.  Além do mais ambas se encontram hierarquizadas.
2.7 – O meio ambiente da transmissão-tradição
            Trata-se de valorizar os lugares e ambientes que se realizou o fato da transmissão e revelação divina desde Israel até a Igreja hodierna.
2.7.1 - Antigo Testamento: No AT esta realidade se deu em diversos lugares e de modos diversos: os diversos santuários judaicos, a corte real, os períodos de crise, as sinagogas, as escolas sinagogal e rabínica, a Torá e os profetas. 
2.7.2 - Novo Testamento: Com relação ao NT, concernentes ao culto este tem sua forma primária na Tradição e Transmissão cristã: predileção ao querigma, catequese aos batizados, ambientes missionários, escolas apostólicas: joanina, paulina e mateana.
2.8 – Linguagem e materiais usados para transmissão
            A revelação ou palavra de Deus aos homens para ser inteligível tem necessariamente que encarnar-se em palavra humanas e assim serem transmitida.
2.8.1 - Línguas da Bíblia: os livros canônicos da Bíblia foram escritos em: hebraico, aramaico e grego.
2.8.2 - Material usado nas escrituras: os primeiros escritos foram confeccionados em papiro, depois em pergaminho. Com o passar do tempo foi se desenvolvendo a técnica de escrever livros com índices.


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