sábado, 13 de fevereiro de 2016

O CANON DAS ESCRITURAS

– O Cânon da escritura
2.1 - Introdução
            A Bíblia é um livro inspirado, porque tem Deus como autor e foi escrito sobre a moção do Espírito Santo. A canonicidade da Escritura não é uma nova revelação feita por Deus a Igreja apostólica.
2.2 – Terminologia 
            Trata-se de definir com precisão os seguintes termos: canônico, cânon, canonicidade.
2.2.1 - Cânon: significa o critério de verdade e uma preposição, ou em geral, a medida, norma ou regra de algo. 
2.2.2 - Canônico: equivale ao conjunto de livros que normatiza a fé da Igreja.
2.2.3 - Canonicidade: equivale aquela qualidade da Escritura Sagrada, que estar constituída por Deus e reconhecida pela Igreja como: norma, regra de fé e da vida cristã.
2.2.4 - Livros protocanônicos: são aqueles que foram aceitos como canônicos desde sempre sem discusão pela Igreja.
2.2.5 - Livros deuterocanônicos: são aqueles que tiveram sua canonicidade discutida pela Igreja.
2.3 – Necessidade de reconhecimento canônico.
            Para os cristãos a necessidade se dava pelo fato da universalidade da única Igreja, para manter numa mesma regra de fé na Igreja espalhada por toda terra.
2.4 – Os critérios de canonicidade
            O mesmo Espírito que inspirou as Escrituras assistiu a Igreja para reconhece-los como inspirados.
2.4.1 - Antigo Testamento:
Primeiro critério → a Bíblia dos setenta, o uso oficial e público da Bíblia grega por parte do cristianismo nas comunidades de culto helenístico tanto no Ocidente como no Oriente, conferiu a esta o discernimento do cânon verotestamentário.
Segundo critério O uso no culto: a Igreja primitiva de cultura helenista utilizou a Bíblia judaica, no próprio culto dominical.
Terceiro critério O uso dos escritos no Antigo Testamento: alguns livros do Antigo Testamento foram citrados no Antigo Testamento, sobretudo por Jesus.
2.4.1 - Novo Testamento:
Primeiro critério Origem apostólica: no inicio da vida eclesial não existiam as escrituras cristãs. Assim sendo, os apóstolos, considerados depositários da revelação histórica de Jesus, como também o canom vivo e interpretes da mensagem salvifica. Para que um escrito seja autentico tinha que ser origem apologética.
Segundo critério Uso litúrgico = sendo Jesus o cânon fundamental e vivo por autonomia do Novo Testamento, os primeiros livros a serem usados oficialmente na liturgia foram os Evangelhos.
Terceiro critério A ortodoxia da Escritura = nenhum livro poderia ser considerado autêntico pela Igreja se viesse a conter alguma interpretação contraria à ortodoxia que se havia fundado pela tradição viva dos apóstolos.
Quarto critério → Listas antigas do cânon = na aplicação deste critério tem mais peso as listas mais antigas. Como: o cânon breve de Macion, Lucas, as dez cartas de Pedro, o código muratoriano, lista de Ireno, e Tertuliano com 22 livros.


2.5 – Formação do cânon da bíblia
            O antigo Testamento foi formado ao longo de muitos séculos. E o Novo Testamento em apenas 70 anos. O caráter canônico dos livros escritos foi se fixando aos poucos na vida do judaísmo e da Igreja.
2.5.1 - Formação do cânon no judaísmo: A Torá, o Pentateuco, é o primeiro conjunto de livros que foram aceitos como canônicos.
2.5.2 - Formação do Antigo Testamento Cristão: Posto que tal cânon já escrito. A Igreja vil a necessidade de fixar seu próprio cânon; observando seu longo processo de formação.
Os padres da Igreja:  os padres apologéticos citam segundo a visão grega dos setenta com familiaridade, os deuterocanônicos do Antigo Testamento e citam também alguns apócrifos.
O magistério da Igreja:  o catecismo da Igreja Católica no número 120 afirma que a lista dos livros reconhecidos como santos compreende para o Antigo Testamento 46 livros e para o Novo 27.
2.6 - O dogma da canonicidade
            Se alguns destes livros em sua integridade, com todas as suas partes, tal como se tem lido tradicionalmente na Igreja católica e que estão contidos na antiga edição Vulgata. Se desprezarem sabendo das pertinências tradicionais “sea anátema”.
2.6.1 - O Como e o porquê dos textos: Os padres conciliares entre grandes disputas, chegaram a conclusão de que era necessário definir como dogma o cânon da Escritura proposto pelo concilio de Florença com o fim de afirmar a fé católica frente aos reformadores.
2.6.2 - Interpretação do dogma: Trata-se de uma verdadeira definição dogmática, pois anatematiza quem não aceita tais parágrafos. No texto se define o caráter sagrado e canônico dos livros mais não sua autenticidade e genuinidade.

2.6.3 - A expressão: “livros em sua integridade, com todas as suas partes” = livros íntegros: quer dizer: todos e cada um dos livros são numerados, sem concessão e sem adicionamento. Com todas as suas partes: faz alusão àqueles

Um comentário:

  1. Eu agradeço pois o seu fundamento me ajudou muito a percebere sanou em mim uma dúvida que vinha deste muito tempo.

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