domingo, 28 de fevereiro de 2016

A MULHER NA PLENITUDE DOS TEMPOS

A MULHER NA PLENITUDE DOS TEMPOS

Cf. Gl 4,5. “Nascido de uma mulher” põe em relevo o abaixamento, a knosis do filho de Deus que em tudo faz semelhante a nós.
            I-A mulher da carta aos Gálatas
Paulo aborda o tema da liberdade cristã a respeito a qualquer tipo de opressão e de escravidão.
            1- A experiência de Paulo
Ele se define paradoxalmente como “servo de Jesus Cristo”. E apostolo para anunciar o evangelho de Cristo e proclamar que se entregou para livrar-nos deste mundo perverso.
            2-Da maldição à benção
Ser um homem, uma mulher agraciada com o espírito da liberdade. O que faz livre é a fé em Deus. A lei não trás benção e sim maldição. O justo vive pela fé. Jesus é o herdeiro não para cumprir a lei e sim para acolher a promessa feita a Abraão.
            3-Deus enviou seu filho, nascido de mulher
A benção de Abraão, a de Maria, a benção a causa da fé e não das obras. Porem, a cruz de Jesus é a nossa gloria, nossa liberdade. Disse João que sua mãe aproximou da cruz. Ela compartilhou a maldição que gera benção.
a)- O texto de Gl 4,1-7
-Cf. o guiasmo da Pág.406.
No centro da frase fala sobre o envio do filho na plenitude dos tempos.
b)- As duas formas de escravidão e de liberdade
            Paulo apresenta a escravidão sob duas perspectivas: sob os elementos do mundo e sob o da lei.
            Os que vivem as obras da lei incorrem em maldição. A lei não é libertadora. Quem submete a lei e aos elementos do mundo é filho da escrava, de Agar.
c)- O filho de Deus, filho da mulher livre
            O filho de Deus é por excelência Jesus. É filho da mulher livre. “Nascido de mulher”. A maternidade da mulher fica por isso, revestida de transcendência. Jesus nasce de mulher. Não segundo a carne, mas segundo o espírito. Se converte na bendita entre todos as mulheres. No principio nossa genealogia pneumática está a mulher, da que nasceu Jesus Cristo.
d)-A mulher e o Espírito
            Indicaria com isso que o filho de Deus se submete assim a duas instâncias de knosis, de humilhação. Quem faz nascer o filho de Deus na plenitude dos tempos não é um varão. É o filho de Deus. E só nasce de mulher e por ser filho da promessa, do espírito.
e)- Ela é nossa mãe, a Jerusalém de cima
            A cidade de Deus, a nova Jerusalém, era simbolizada em um mulher vestida como uma noiva que vai receber seu esposo. A descendência da mulher é perseguida pelo dragão. Este queria reduzi-la de nova a escravidão. Porém a mulher consegue a liberdade e com ela sua descendência.

II- “Ad maiorem Dei gloriam”: Conclusões.
1- Porém, Maria não é Deus, mas sim, uma personagem histórica. Nossa irmã. Porém, se a mariologia não dispusesse de um fundamento histórico, poderia converter-se em mariolatria, ou teologia mítica.
2- Falar de Maria como “rosto materno de Deus” ou “rosto feminino de Deus” pode levar a converte-la em uma deusa.
3- Maria é em outras ocasiões, excessivamente identificada com a trindade.
Deus do contrario é ato puro, essencialmente ativo. Em Maria emergia um novo principio da redenção, de satisfação que não era plenamente identificável com o principio cristológico. O avanço da cristologia e da pneumatologia serviu para situar a mariologia em seu autentico âmbito teológico.

4- Maria nos projeta fora dela mesma, à transcendência de Deus, ao mistério insondável. A autentica mariologia é aquela que tem como finalidade “ad maiorem Dei gloriam”.

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