segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A IGREJA E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A IGREJA E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

O Tratado de Versalhes (28-06-1919): A única culpada foi à Alemanha. Terá que pagar pelo que fez; pagar uma grande quantia aos países vencedores; parar com a fabricação de armas; pagar carvões. Surge um clima de desemprego e inflação alta na Alemanha.

a) O Fascismo

É uma forma de autoritarismo do século XX que pretende que a existência nacional e individual seja regulada de acordo com as idéias do conservadorismo extremo e na total subordinação ao Estado e uma lealdade incondicional ao seu líder.
A primeira vez que se ouviu falar em Fascismo foi em 1919 na Itália. Fascismo vem da palavra: Fascio que era o antigo símbolo romano do poder. É um feixe de varas atadas por um eixo que de um lado representa a unidade cívica e de outro lado a autoridade, os oficiais romanos que castigavam os delinqüentes.
Mussolini começa no partido socialista e depois, por causa dos eu nacionalismo foi expulso do partido e funda o seu movimento. Em 1922 fez uma marcha em Roma mostrando o seu poderio, fazendo com que o Rei Vitório Emanuel III lhe conceda o cargo de primeiro Ministro; vai ter plenos poderes. Num primeiro momento aceita a existência do parlamento que vai existir até 1924. O governo se torna uma ditadura e quem organiza o Estado é Mussolini. Uma das características do fascismo é trabalhar a educação e as mentes.

b) O Nazismo

O nazismo surge em 1920, é um grupo que deriva do partido social alemão dos trabalhadores, mas conhecido como Partido Nazista. Muito parecido com o fascismo em questão do autoritarismo, mas tem algo próprio dos alemães que é o racismo - idéia de que os povos do Norte seriam descendentes de arianos, um povo mais puro, sendo cívico e culturalmente superiores.
Adolf Hitler nasceu na Áustria, era católico, tenta viver como pintor, foi para a Alemanha e se alistou para a Primeira Guerra Mundial. Terminada a guerra, entra para esse grupo; atrai para junto de si um grupo de pessoas cada vez maior. Esse grupo (Partido Nacional Socialista), além do autoritarismo vai criticar fortemente o bolchevismo, pois segundo eles é uma conspiração dos judeus (Comunismo Internacional). Vão começar a acusar que o culpado da situação da decadência da Alemanha são os bancos internacionais que estão nas mãos dos judeus (Capitalismo Internacional). Em 1923 Hitler tenta um golpe de Estado, vai ser preso e condenado a cinco anos de prisão, porém, só permaneceu preso nove meses. Durante esse período na prisão vai escrever o seu livro que será o seu programa de vida: “Minha Luta”. Quando Hitler sai da prisão, a Alemanha já está no auge dos problemas, conseqüência do Tratado de Versalhes. Houve eleições em 1932 na Alemanha e o Partido Nazista se deu bem, mas não foi o melhor; era necessário fazer um governo de colisão e Hitler não aceitou. Teve de se fazer uma nova eleição e o partido de Hitler saiu na frente. Hitler foi nomeado chanceler no dia 30 de janeiro de 1933 pelo presidente, pois era o líder do partido vencedor na eleição. Com a morte do presidente em 1934, Hitler se auto denominou presidente. Os nazistas tinham esquadrões para cometer violências e acusar outros grupos.

c) Ascensão de Hitler

Em 30 de janeiro de 1933 chega ao poder porque prometeu solucionar todos os problemas da Alemanha provenientes do Tratado de Versalhes que deixou a Alemanha em ruim situação econômica; prometeu colocar ordem no Estado Alemão. A idéia de tentar reerguer a Alemanha da humilhação.
Quando o Nazismo chega ao poder Hitler tinha três objetivos:
1- Salvar a integridade da raça alemã: Está dentro a questão do anti-semitismo[1] ; também não podia ter deficientes mentais, estes deveriam ser eliminados.
2- Realçar a Alemanha no âmbito mundial. O exército demonstra a potencialidade de uma nação. Em seis anos Hitler conseguiu criar um grande exército com armamentos.
3- União de todos os alemães em torno de um único guia: Hitler. E sob grande disciplina.
Por que o povão aderiu ao Nazismo?  Naquela época o apoio foi unânime pelo discurso carismático, poder de persuasão; o regime de terror; a propaganda feita por Goebbels[2].
Quando Hitler chegou ao poder fez a legislação sobre a “Raça Pura” (30 de março; 7 de abril e 14 de julho). Impossibilitava aos judeus de se casar, trabalhar e estudar em escolas publicas. Limitava a vida dos judeus.
Em 16 de julho de 1933 foi assinada a concordata com a Santa Sé, isto é, como a Igreja deverá atuar no Estado Alemão. Assim como houve críticas com a concordata com Mussolini aqui também o Estado é contrário aos princípios cristãos. Foi assinada porque era o único jeito de manter viva a Igreja na Alemanha.
Havia na Alemanha o Partido do Centro que era de inspiração católica, o secretário era um padre que teve de ir embora da Alemanha.
Em 30 de julho de 1934 houve a “Purga Cruenta” do partido Nazista (daqueles membros que facilitaram a chegada de Hitler no poder através da violência) ala radical do Nazismo.
Entre 1935-1938 acontece o rearmamento, cada vez mais os judeus tiveram dificuldades. Nesse período na Alemanha se solucionava a questão do desemprego; o crescimento econômico se deu. Em 21 de março de 1937, Pio XI publica um documento importante: “Mit Bennender Sorge” foi enviada por vias secretas para que o Estado Alemão não soubesse antes; foi recomendada para ser lida por todos os fiéis. Pio XI se colocava abertamente contra o Nazismo:
- Denuncia a opressão;
- Reafirma a fé criticando a idolatria pessoal e do Estado;
- Condena o culto a personalidade;
- Fala da fidelidade a Igreja;
- Reafirma o direito natural;
- Exorta a juventude alemã a que não traia a fidelidade a Deus.
No documento escrito em alemão, Pio XI coloca bastante clara as suas opiniões.
Em 12 de março de 1938 a Áustria foi ocupada e se dá a anexação[3]. Esta ocupação não foi vista com maus olhos.
O arcebispo de Viena chamado Innitzer rendeu homenagem a Hitler. No dia 11 de março houve uma declaração coletiva do episcopado Austríaco exaltando sem nenhuma reserva o nazismo. No dia 1° de abril o L’Ossevatório Romano declara que os bispos agiram sem consultar a Santa Sé. O cardeal Innitzer vai a Roma; Pio XI se recusa a recebê-lo e Eugênio Pacelli (até então secretário de Estado) obriga que o arcebispo assine uma declaração limitando as suas afirmações feitas em Viena. Essa declaração vai ser publicada no L’Ossevatório Romano e só depois Pio XI o recebe.
Em 13 de abril de 1938 a Congregação de Estudos envia aos decanos das universidades católicas uma lista de teses nazistas, convidando aos professores a confutarem essas listas, em particular a legitimação dos deficientes mentais.
Em maio de 1938 Hitler faz uma visita a Roma o que significa a sua aproximação a Mussolini. Neste período de visita Pio XI decide se retirar de Roma. No discurso em Castelo Gandolfo se lamenta em está em Roma uma cruz que não é a cruz de Cristo. O L’Ossevatório Romano vai dizer que o papa não estava naquele período em Roma porque o ar não fazia bem. Em 06 de setembro Pio XI se pronunciou: “Em Cristo somos todos descendentes de Abraão. O anti-semitismo para um cristão é inadmissível. Espiritualmente somos todos semitas”.
Em setembro de 1938 Hitler manifesta a intenção de ocupar a Tchecoslováquia e a Polônia. Ao manifestar essa intenção a França e a Inglaterra não estão preparadas para enfrentar a guerra, portanto assinam um acordo de paz. Nesse período já havia o interesse por parte de alguns militares de aplicar o golpe em Hitler.
Em outubro de 1938 Mussolini aplicou as leis nazistas (relacionadas aos judeus) na Itália.
Em novembro de 1938 acontece a noite dos “Kristallnachi”, noite em que os nazistas foram ao bairro judeu e quebraram todas as vidraças das ljas dos judeus.
Em fevereiro de 1939 Pio XI morre e temos a chegada de Eugênio Pacceli (Pio XII).
A II Guerra acontece no período em que Pio XII está no papado. 




[1] Os judeus eram como ainda são os donos de grandes bancos, e alguns eram também comunistas. Os alemães imaginavam que estes se organizavam num complô internacional contra eles, e que boa parte da crise que a Alemanha sofria, os judeus eram culpados.
[2] Marqueteiro de Hitter.
[3] ANSCHLUSS- Grande Alemanha.

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